Jornal metropolitano de Maringá

20150427

OIT denúncia falta de serviços de saúde para população rural no mundo

Mais da metade da população rural no mundo- mais que o dobro do número observado em áreas urbanas  não tem acesso a serviços de saúde, revela relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado hoje (27).





 “Os resultados são chocantes”, disse a coordenadora da Política de Saúde na OIT, Xenia Scheil-Ablung, durante a apresentação do relatório, que cobre 174 países. “A ausência de cobertura legal,  número insuficiente de profissionais de saúde e financiamento inadequado criam desigualdades que podem colocar vidas em perigo”.
O relatório é o primeiro do gênero a ser publicado pela OIT e revela grandes disparidades no acesso aos cuidados de saúde entre as áreas rurais e urbanas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento.
O documento mostra que 56% das pessoas que vivem nas áreas rurais estão excluídas dos cuidados essenciais de saúde, contra 22% das  que residem em áreas urbanas. De acordo com o estudo da OIT, no Continente Africano, 83% dos que vivem nas zonas rurais nunca tiveram acesso aos serviços básicos de saúde. Conforme o estudo, a África tem os mais altos níveis de pobreza no mundo.
As maiores diferenças entre as zonas urbanas e rurais, no estudo,  são vistas igualmente na Ásia. Na Indonésia, por exemplo, a porcentagem de pessoas não abrangidas por esses serviços é duas vezes maior nas áreas rurais do que nas cidades. Na Europa, as pessoas que residem em áreas rurais com menos acesso aos cuidados de saúde encontram-se na Itália, Grécia, em Andorra e Chipre, acrescenta a OIT.
O estudo da Organização Internacional do Trabalho mostra que, embora o acesse à saúde seja garantido por lei em muitos países, as pessoas em áreas rurais, muitas vezes, são excluídas da assistência à saúde, porque a lei não é aplicada nessas regiões. A situação é agravada pela falta de profissionais de saúde que atinge o mundo rural, pois, apesar de metade da população mundial viver naquelas áreas, apenas 23% do pessoal de saúde trabalha lá.
A OIT estima que, em nível mundial, 10,3 milhões de trabalhadores estão sem assistência no setor de saúde. Segundo a organização, África e América Latina, são as duas onde a falta de profissionais de saúde é maior.
Como exemplo, a agência da ONU aponta a Nigéria,  onde mais de 82% da população rural é excluída de serviços de saúde devido ao número insuficiente de profissionais, contra 37% dos que vivem nas cidades daquele país africano, o mais populoso do África, com 176 milhões de habitantes.
Fonte: ABr - Foto: Wikipédia

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