Jornal metropolitano de Maringá

20150206

Governo fará corte maior de desonerações e estímulos fiscais para garantir superávit

Para garantir o cumprimento da meta fiscal desse ano, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prepara um corte maior nas medidas de desonerações tributárias e estímulos fiscais concedidas no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. O governo também busca soluções para acelerar a venda de ativos para engordar o caixa ainda este ano. Na mira, estão distribuidoras de energia da Eletrobrás.
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O corte de desonerações e incentivos - como a extinção do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) - virá associado a novas medidas de aumento de tributos e de um contingenciamento mais forte, esperado para março, nas despesas do Orçamento. A equipe econômica pode recuar na alíquota do Reintegra, programa que devolve às empresas 3% do valor exportado em manufaturados. A ideia é reduzir a alíquota para 0,1%, o menor patamar permitido pela lei que recriou o programa no ano passado.
O governo havia prometido voltar com o benefício tributário com uma alíquota de 0,3% em 2014 e 3% em 2015. No entanto, a seis dias do primeiro turno das eleições, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento da alíquota para 3% a partir de outubro do ano passado. Agora, a atual equipe econômica quer manter o programa com o menor custo possível. A área econômico entende que o programa é considerado muito caro e não considera o programa como prioridade nesse momento de maior dificuldade fiscal.
O Reintegra foi criado por meio da Medida Provisória (MP) 651/2014, que já havia sido regulamentada. No entanto, a MP sofreu mudanças no Congresso Nacional antes de ser convertida na lei. Por isso, há um entendimento da área técnica de que é necessário um novo decreto. Os parlamentares permitiram que a alíquota chegue a 5% em setores com cadeias mais longas. É a regulamentação que define a alíquota que será aplicada dentro da banda fixada pela lei.
As empresas continuam solicitando a devolução dos tributos à Receita Federal, mas há dúvidas entre os exportadores, inclusive, se o programa continua em vigor sem a regulamentação. Alguns empresários já ouviram de integrantes do governo a proposta de reduzir a alíquota para 0,1%, o que tem causado uma certa inquietação.
FONTE: AG\CNM
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