Jornal metropolitano de Maringá

20181006

HPV: sintomas, prevenção e tratamento.

O HPV é um vírus que infecta pele e mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto mulheres, provocando verrugas  na região genital e no ânus, e câncer, a depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma infecção Sexualmente Transmissível (IST).


A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latentes meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). A distribuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV. A maioria das manifestações em mulheres (sobre tudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximadamente de até 24 meses.
Lesões clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus (denominadas popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser úmidas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e solidas).
Lesões subclínicas: (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal\sintoma. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e alto risco para desenvolver câncer.                                     
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e\ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea. Mais raramente, crianças foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrugosas nas cordas vocais e laringe.
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infestação. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.
Diagnóstico:
O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica (pele).
Lesões Subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolau (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatológica para as lesões benignas das malignas.
Prevenção:
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
- Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
-Pessoas que vivem HIV;
-Pessoas transplantadas na faixa de 9 a 26 anos;
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, nãos sendo eficaz contra infecção ou lesão por HPV já existente.
Tratamento:
O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer permanecer inalteradas ou aumentar em número e\ou volume. Sobre o tratamento:
Deve ser individualizada, considerando características (extensão, quantidade, localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade;
Pode ser domiciliares (auto aplicativos: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletro cauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso.
Podofilina e imiquimode não podem ser usadas na gestação.                                                                                                                                   
Fonte\Foto: Min. Saúde.