Jornal metropolitano de Maringá

20130501

PARANÁ LANÇA CAMPANHA ESTADUAL DE VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AFTOSA

O secretário da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Norberto Ortigara, abre a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa, na propriedade do produtor rural Milton Shone, no município de Marechal Candido Rondon, no Oeste do Estado. Foto: Luciany Franco/Jornal O Presente Rural

O Governo do Paraná lançou ontem terça-feira (30) a primeira etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa, na propriedade do produtor rural Milton Shone, no município de Marechal Candido Rondon, no Oeste do Estado. Todos os bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade devem ser vacinados entre os dias 1° e 31 de maio.

A expectativa do Governo do Estado é imunizar 100% dos animais nessa faixa etária, o equivalente a 4,5 milhões de cabeças. O produtor que não vacinar seus animais será multado em R$ 108 por cabeça. A próxima etapa da campanha será realizada em novembro.
A vacinação deve ser comprovada pelos produtores até o dia 31 de maio nas unidades veterinárias da secretaria ou pela nova ferramenta, que é a comprovação on line, que permite ao produtor comprovar a vacinação do rebanho pela internet. Agora os pecuaristas e fornecedores da vacina poderão fazer o procedimento diretamente no site da Adapar ( www.adapar.pr.gov.br   ).
A Secretaria estadual da Agricultura e a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), instituições do governo que coordenam a campanha, contam também com o auxilio das cooperativas que estão se envolvendo diretamente no convencimento aos produtores rurais sobre a importância da vacinação para a exportação dos produtos paranaenses, principalmente das carnes suína, bovina e de aves.

O Paraná não registra focos suspeitos de febre aftosa desde 2005, mas segundo o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, é importante reforçar a vigilância e não descuidar da vacinação, que garante a sanidade dos rebanhos. O Paraná é considerado área livre de febre aftosa, com vacinação, desde o ano 2000. A manutenção desse status e o alcance de novas conquistas dependem, entre outras medidas, de altos índices de vacinação nas campanhas de maio e novembro.

O secretário Norberto Ortigara disse que a meta do governo do Estado é alcançar o status de área livre de febre aftosa, sem vacinação, num prazo de três a quatro anos.
Também alertou sobre a importância de o produtor rural vacinar seus animais. Segundo ele, a não vacinação compromete a sanidade do rebanho, dos vizinhos e prejudica toda a economia do Paraná com a imagem negativa caso ocorra suspeita de febre aftosa no Estado.

O diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, lembrou que a vacinação é obrigatória enquanto o ambiente externo com os países vizinhos e dos demais estados não proporcionar segurança sanitária para o rebanho do Estado.

Ortigara afirmou que a multa não representa uma ameaça, mas um aviso da importância da vacinação. Por isso ele conclamou as cooperativas, os conselhos estaduais de sanidade agropecuária para que haja um grande movimento de imunização.

O representante da Faep e Fundepec, Ronei Volpi, destacou que há 16 meses não há um registro de foco de febre aftosa no continente americano. “Isso não significa que não haja circulação viral. É importante reforçar a vigilância e avançar para ser um estado livre de febre aftosa sem vacinação e também de outras doenças que afetam o rebanho bovino como a brucelose e a tuberculose”, afirmou.

Participaram da solenidade o prefeito de Marechal Cândido Rondon, Moacir Froehlich, o presidente da Copagril, Ricardo Silvio Chapla, o representante da Faep, João Luiz Biscaia, o representante do Fundepec e Faep, Ronei Volpi e o deputado estadual Elio Rushi.
Fonte:ANPr