Jornal metropolitano de Maringá

20150827

Secretaria da Saúde confirma segundo caso de febre Zika no Paraná


A Secretaria estadual da Saúde confirmou nesta quinta-feira (27) o segundo caso de febre Zika no Paraná. Assim como na primeira ocorrência, em julho deste ano, o paciente é morador de São Miguel do Iguaçu, na região oeste. Isso demonstra que o Zika vírus, causador da doença, já circula dentro do Estado.


A Secretaria informou ainda que outros dois casos importados foram notificados recentemente pelos municípios de Curitiba e Telêmaco Borba. Trata-se de pacientes que foram infectados fora do território paranaense, visto que ambos tinham histórico de viagem para Pernambuco e Alagoas, estados com circulação do Zika vírus. 

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas, todos os quatro pacientes responderam bem ao tratamento e hoje já estão curados. “Nenhum deles apresentou complicações mais graves por conta da doença e felizmente já estão bem”, afirmou. 

A febre Zika geralmente tem evolução benigna e os sintomas desaparecem depois de três a sete dias. Ela se manifesta, principalmente, através de febre baixa ou intermitente, manchas na pele, olhos avermelhados, dor de cabeça e dor no corpo. Até o momento, não há registros de morte pela doença no mundo. 

PREVENÇÃO – A chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte, explica que a melhor forma de prevenir a Zika é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que também transmite a dengue e a febre chikungunya. 

“A introdução da febre Zika no Paraná mostra que é preciso intensificar cada vez mais as atividades de eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti. Desta forma, evitamos que o mosquito se crie e venha a transmitir doenças”, alertou Ivana. 

DENGUE – Nos últimos doze meses, o Estado já registrou 35.433 casos de dengue. A maior parte está concentrada nas regiões norte, noroeste, oeste e sudoeste. Apesar disso, pela primeira vez o litoral do Estado também apresentou um número significativo de casos. Foram 45, sendo 36 autóctones de Paranaguá e outros nove importados. 

A situação motivou o Estado a deslocar sete camionetes de fumacê e três nebulizadores costais para reforçar o trabalho de combate ao mosquito adulto. A ação atingiu todos os bairros da cidade e foi realizada simultaneamente a um mutirão de limpeza para eliminar criadouros do mosquito. O governo estadual também enviou apoio técnico para supervisionar os trabalhos e orientar as equipes municipais. 
Fonte: ANPr – Foto: Venilton Kuchler/SESA