Jornal metropolitano de Maringá

20130927

Fumaça tóxica que encobre São Francisco do Sul (SC) começa a se dissipar

Foto: Gov. Santa Catarina

A prefeitura de São Francisco do Sul informa que a fumaça tóxica que encobre a cidade por conta do acidente desta terça-feira, 24 de setembro, em um depósito de fertilizantes começa a se dissipar e está mais branca.  De acordo com a instituição isso é um sinal positivo, pois quanto mais branca menos tóxica.
As equipes que atuam no combate à fumaça causada pela queima de nitrato de amônia esperam alcançar o foco da reação química ainda nesta quinta-feira, 26 de setembro. A prefeitura montou uma operação integrada entre Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha, Exército e outros órgãos municipais, para atuar no incidente.
A prefeitura decretou situação de emergência para acelerar as ações de assistência à população. A maior preocupação da força tarefa que integra a operação é a mudança do vento na região que leva a fumaça para diferentes lugares e a distâncias maiores.

“A população deve ter calma. Tudo que é necessário e primordial está sedo feito para que o francisquense não sofra com o ocorrido. Não é necessário sair da cidade, mas famílias que preferiram se deslocar, devem aguardar para retornar com total segurança”, alertou o prefeito Luiz Roberto de Oliveira. Ele ressaltou ainda que o meio ambiente não sofreu danos e, mais do que isso, não houve mortos nem feridos.
Governo de Santa Catarina“Os seres humanos são nosso maior patrimônio e é por eles estamos fazendo o melhor. São Francisco do Sul merece toda atenção neste momento e não estamos medindo esforços para resolver este problema”, garantiu. Outra informação relevante, de acordo com o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), responsável pelo abastecimento de água em São Francisco do Sul, é de que a água não está contaminada, ou seja, própria para utilização e consumo.
O prefeito lembrou que a divulgação da informação de que a fumaça é tóxica criou grande pânico, e parte da população, de 42 mil habitantes, deixou a cidade do litoral norte de Santa Catarina. A Defesa Civil informou que o nitrato de amônio é uma substância oxidante e não tóxica, mas que mesmo assim pode causar reações no organismo humano.
O principal sintoma após inalação da fumaça é irritação na garganta, segundo Oliveira. "As pessoas também podem ter náusea, vômitos e até edema de glote. Estamos orientando a população a procurar uma unidade de saúde assim que sentir qualquer um desses sintomas" acrescentou.
Em nota, a prefeitura informou que as equipes trabalham para criar uma barreira de contêineres com o objetivo de direcionar o vento e evitar que a fumaça atinja os profissionais que atuam no local. Além disso, lançam jatos de água para resfriar a área e diminuir o risco de explosão. Ainda no comunicado, o governo destaca que não há, até agora, informações sobre as causas da oxidação. Já a Defesa Civil estadual emitiu nota informando que "os efeitos desse gás podem ser comparados com os efeitos do gás lacrimogêneo" e, por isso, não é considerado letal quando inalado.
A Escola Estadual Claurenice Vieira Caldeira (Rocio Grande) está recebendo doações como forma de ajudar as cerca de 400 pessoas que ainda estão desalojadas. Como o fluxo de pessoas deixando a cidade durante todo o dia foi intenso, o prefeito Luiz Roberto de Oliveira ressaltou, que a comunidade pode ficar tranquila. “Todo o policiamento do Município está em alerta. Os francisquenses que deixaram suas residências podem ficar tranquilos que seus lares serão preservados, até o momento não aconteceu nenhum relato de furto”, comentou o gestor municipal. A prefeitura informa ainda que outro abrigo para mais de duas mil pessoas está sendo montado pelo Instituto Federal Catarinense.
Fonte: CNM