Jornal metropolitano de Maringá

20130731

Obras em escolas criam mais de 10 mil empregos no Paraná

Foto: Hederson Alves|SEED

O investimento feito pelo Governo do Estado na infraestrutura da rede estadual de ensino traz benefícios também para trabalhadores, além de mais conforto para alunos e profissionais do magistério. Com um plano para aplicar R$ 500 milhões em construções e reformas até o fim do ano, as obras da Secretaria da Educação estão gerando 10 mil empregos diretos e outros três mil indiretos.

Do total do investimento, R$ 200 milhões foram executados no primeiro semestre. Neste pacote estão obras de construção de 35 novas escolas. “Essas obras melhoram o atendimento de alunos e profissionais da educação e também a vida de milhares de pessoas, que estão trabalhando com carteira assinada. Mesmo antes de ficarem prontas, as obras de construção e reformas já beneficiam muitas famílias”, afirmou o governador Beto Richa.

Obras que utilizam recursos descentralizados, que têm valores de até R$ 150 mil, geram em torno de quatro empregos diretos por projeto. Até o fim de 2013, 500 escolas estaduais farão alguma intervenção de reforma ou manutenção utilizando verbas repassadas pelo governo. São R$ 75 milhões que vão gerar 7.500 empregos.


Obras maiores, como construção de escolas novas, ampliações e grandes reformas, empregam diretamente 1.180 trabalhadores, além de outros três mil postos de trabalho indiretos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), para cada R$ 10 milhões investidos na construção civil são gerados até 240 postos diretos e 120 indiretos.

“Os investimentos em obras de reformas e de novas escolas vão levar mais conforto e estrutura para os estudantes da rede estadual”, afirmou o vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns. 

BENEFÍCIO - As obras na área de educação ajudam a movimentar a economia local. Para a utilização de recursos descentralizados, a orientação é que a aquisição de materiais e serviços seja feita no comércio da cidade, por meio de licitação, gerando renda na comunidade atendida pela escola.

A medida beneficia empresários como Alvir Lopes, dono de uma construtora em Cruz Machado, região Sul do Estado. Ele contratou mais funcionários e comprou equipamentos para atender à demanda das novas obras.

No ramo há 20 anos, ele executava apenas pequenos projetos e agora participa de concorrências para fazer obras maiores. “O benefício que o Governo proporcionou para os pequenos negócios foi enorme. Além de melhorar as escolas, a economia dos pequenos municípios também gira, e temos condições de crescer e criar empregos”, afirma.

Em Colorado, cidade com 22 mil moradores no Noroeste paranaense, a obra do Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) já emprega 50 pessoas. Nas fases mais avançadas, 80 funcionários devem trabalhar lá. O investimento é de R$ 7,2 milhões. O mesmo valor é empregado na construção do Centro de Educação Profissional de Fazenda Rio Grande, onde trabalham 60 funcionários.

No programa do Governo do Estado está a reconstrução do Colégio Estadual Yvone Pimentel, obra aguardada há dez anos pela comunidade do bairro Novo Mundo, em Curitiba. Hoje, 22 funcionários trabalham no projeto.

Entre eles o mestre de obras Adalberto Antunes de Lima, que tem uma filha que estudou no colégio. “Minha filha estudou dois anos aqui, até o ano passado. Ela sempre falou bem da escola. Fazemos essa obra com o maior prazer, não só para nossos filhos, mas para os alunos de toda a comunidade”, disse.

COMUNIDADE – Flávio Arns destaca a participação da Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e o Grêmio Estudantil nas decisões sobre obras. Nas escolas em que o diretor conta com esse apoio, até mesmo alterações em projetos arquitetônicos são feitas para atender necessidades específicas.

Exemplo disso é a readequação do Colégio Estadual Maria José Aguilera, em Londrina. A planilha foi alterada por sugestão da comunidade e um bloco inteiro da unidade vai receber reparos sem alteração no orçamento. A obra deve começar em outubro.

Além dos recursos descentralizados para obras, outros R$ 70 milhões são repassados para as despesas do dia a dia das escolas, como materiais de limpeza e de expediente. Outras cotas quadrimestrais são usadas para serviços como reposição de vidros, trincos e limpezas de caixas d’água e de telhados.
Fonte: ANPr