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O uso do sistema Isofix para a fixação de cadeirinhas e bebê conforto
nos carros, para o transporte de crianças no banco traseiro, foi regulamentado
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Nesta
quinta-feira (16), o órgão publicou no Diário Oficial da União os
requisitos mínimos de segurança para o uso do dispositivo. A norma vai servir
de parâmetro para a fabricação de novas cadeirinhas e deverá entrar em vigor
até 2015.
Segundo o diretor de Avaliação de Conformidade do Inmetro, Alfredo Lobo,
a regulamentação para o uso do Isofix preenche uma lacuna no programa de
certificação das cadeirinhas que, hoje, são presas no banco traseiro dos carros
por meio do cinto de segurança. O sistema Isofix, no entanto, que consiste em
travas nas cadeirinhas acopladas a ganchos, é considerado mais seguro.
“A vantagem é que, com o Isofix, é muito mais fácil e segura a fixação
do que por meio do cinto de segurança. Essa é a grande diferença que levou a
Europa e os Estados Unidos e, agora, o Brasil a adotar esse mecanismo”,
explicou o diretor. Alfredo Lobo disse que, muitas vezes, no caso de
cadeirinhas presas com o cinto, os pais prendem de forma errada, com risco para
as crianças.
A partir da publicação do Inmetro, a expectativa é que empresas
redesenhem modelos de cadeirinhas com o gancho e que aumente o número de
veículos com o Isofix. A barra de ferro com os ganchos no banco traseiro
deve vir de fábrica e só está disponível em 5% dos veículos.“Certamente uma
exigência legal será necessária, porque muda a concepção dos veículos”, disse o
diretor
A inclusão do dispositivo como item obrigatório está em discussão no
Senado, por meio de projeto de lei, e aguarda votação pela Comissão de Constituição
de Justiça (CCJ). Aprovado, poderá ser exigido das montadoras. Para se
antecipar, a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA)
discute a instalação do sistema. Porém, ainda não estimou o impacto da
obrigatoriedade da oferta do dispositivo como item de fábrica.
Dados da
Polícia Rodoviária Federal mostram que o número de mortes de crianças menores
de dez anos no trânsito caiu 23% no Brasil em 2012, como reflexo da Lei da
Cadeirinha. A legislação passou a exigir o uso de equipamento de segurança
certificado pelo Inmetro para o transporte de crianças até sete anos, sempre
nas cadeirinhas e no banco de trás.
Fonte: ABr