De
início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar
com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer de que acabou de
realizar uma refeição.
Com
a evolução do quadro, o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e
afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem.
A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para
rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.
O
Alzheimer é a causa mais comum de demência - um grupo de distúrbios
cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais. Na doença
de Alzheimer, as células cerebrais degeneram e morrem, causando um declínio
constante na memória e na função mental.
A
demência varia em gravidade desde o estágio mais brando, quando está apenas
começando a afetar o funcionamento de uma pessoa, até o estágio mais grave,
quando a pessoa deve depender completamente dos outros para atividades básicas
da vida diária.
No
Brasil, existem mais de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade.
Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação
Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas têm
Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. Nos
Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos. Perde
apenas para infarto, derrame e câncer.
O nome oficial
do Alzheimer refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a
doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter,
uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda
progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade
para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o
falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou seu cérebro e
descreveu as alterações que hoje são conhecidas como características da doença.
A evolução dos
sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases:
Estágio
inicial: O
estágio inicial raramente é percebido. Parentes e amigos (e, às vezes, os
profissionais) veem isso como "velhice", apenas uma fase normal do
processo do envelhecimento. Como o começo da doença é gradual, é difícil ter
certeza exatamente de quando a doença começa. A pessoa pode:
·
Ter
problemas com a propriedade da fala (problemas de linguagem)
·
Ter
perda significativa de memória – particularmente das coisas que acabam de
acontecer
·
Não
saber a hora ou o dia da semana
·
Ficar
perdida em locais familiares
·
Ter
dificuldade na tomada de decisões
·
Ficar
inativa ou desmotivada
·
Apresentar
mudança de humor, depressão ou ansiedade.
·
Reagir
com raiva incomum ou agressivamente em determinadas ocasiões
·
Apresentar
perda de interesse por hobbies e outras atividades.
Estágio
intermediário:
Como a doença progride, as limitações ficam mais claras e mais graves. A pessoa
com demência tem dificuldade com a vida no dia a dia e:
·
Pode
ficar muito desmemoriada, especialmente com eventos recentes e nomes das
pessoas
·
Pode
não gerenciar mais viver sozinha, sem problemas
·
É
incapaz de cozinhar, limpar ou fazer compras
·
Pode
ficar extremamente dependente de um membro familiar e do cuidador
·
Necessita
de ajuda para a higiene pessoal, isto é, lavar-se e vestir-se
·
A
dificuldade com a fala avança
·
Apresenta
problemas como perder-se e de ordem de comportamento, tais como repetição de
perguntas, gritar, agarrar-se e distúrbios de sono
·
Perde-se
tanto em casa como fora de casa
·
Pode
ter alucinações (vendo ou ouvindo coisas que não existem).
Estágio
avançado: O
estágio avançado é o mais próximo da total dependência e da inatividade.
Distúrbios de memória são muito sérios e o lado físico da doença torna-se mais
óbvio. A pessoa pode:
·
Ter
dificuldades para comer
·
Ficar
incapacitada para comunicar-se
·
Não
reconhecer parentes, amigos e objetos familiares
·
Ter
dificuldade de entender o que acontece ao seu redor
·
É
incapaz de encontrar o seu caminho de volta para a casa
·
Ter
dificuldade para caminhar
·
Ter
dificuldade na deglutição
·
Ter
incontinência urinária e fecal
·
Manifestar
comportamento inapropriado em público
·
Ficar
confinada a uma cadeira de rodas ou cama.
Tipos
O
Alzheimer pode ser classificado em dois tipos:
Início precoce
A
doença de Alzheimer não é apenas uma doença da velhice. Muitas pessoas com
início precoce estão em seus 40 e 50 anos. A doença de Alzheimer de início mais
precoce (também conhecida como início precoce) afeta pessoas com menos de 65
anos. Até 5% dos mais de 5 milhões de americanos com Alzheimer apresentam um
início mais precoce.
Início tardio
O
início tardio é caracterizado quando os sintomas se manifestam após os 65 anos,
sendo os casos mais frequentes.
Causas
Pesquisadores
acreditam que, para a maioria das pessoas, a doença de Alzheimer é causada por
uma combinação de fatores genéticos, de estilo de vida e ambientais que afetam
o cérebro ao longo do tempo.
A
causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam marcas fortes no
paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais avançada, embora se
registrem casos em gente jovem. Os cientistas já conseguiram identificar um
componente genético do problema, só que estão longe de uma solução.
Fatores de risco
Como
dito anteriormente, as causas do Alzheimer ainda não estão comprovadas.
Contudo, cientistas acreditam que alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento
da doença, como:
Idade
O
aumento da idade é o maior fator de risco conhecido para a doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer não faz parte do envelhecimento normal, mas seu risco
aumenta muito depois que você atinge a idade de 65 anos. A taxa de demência
dobra a cada década após os 60 anos.
Pessoas
com raras alterações genéticas ligadas ao início precoce da doença de Alzheimer
começam a sentir sintomas já na faixa dos 30 anos.
Histórico familiar e genético
O
risco de desenvolver Alzheimer parece ser um pouco maior se um parente de
primeiro grau - seu pai ou irmão - tem a doença. Os cientistas identificaram
mudanças raras (mutações) em três genes que virtualmente garantem que uma
pessoa que os herda desenvolverá a doença de Alzheimer. Mas essas mutações são
responsáveis por menos de 5% da doença de Alzheimer.
As
pessoas com comprometimento cognitivo leve têm problemas de memória ou outros
sintomas de declínio cognitivo que são piores do que o esperado para a idade,
mas não são graves o suficiente para serem diagnosticados como demência.
Aqueles
com comprometimento cognitivo leve têm um risco aumentado - mas não uma certeza
- de demência posterior em desenvolvimento. Tomar medidas para desenvolver um
estilo de vida saudável e estratégias para compensar a perda de memória nesta
fase pode ajudar a retardar ou impedir a progressão para demência.
Não
há nenhum fator de estilo de vida que foi definitivamente mostrado para reduzir
o risco de doença de Alzheimer.
No
entanto, algumas evidências sugerem que os mesmos fatores que o colocam em
risco de doença cardíaca também podem aumentar as chances de você desenvolver a
doença de Alzheimer. Exemplos incluem:
·
Falta
de exercício
·
Obesidade
·
Fumar
ou exposição ao fumo passivo
·
Pressão
alta
·
Colesterol
alto no sangue
·
Diabetes
tipo dois mal controlados
·
Uma
dieta sem frutas e vegetais
Esses
fatores de risco também estão ligados à demência vascular, um tipo de demência
causada por vasos sanguíneos danificados no cérebro.
Fonte: Minha
Vida \ Minis. Saúde – Foto: Opas org.