Jornal metropolitano de Maringá

20150928

Queda da economia chega a 2,8% este ano, dizem instituições financeiras

A economia brasileira deve ter queda de 2,8%,este ano, e de 1%, em 2016. Essas estimativas são do boletim FOCUS, com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.


A estimativa de déficit em transações correntes, compras e vendas de mercadorias feitas pelo Brasil, passou de US$ 71 bilhões para US$ 70, em 2015. A balança comercial deve apresentar superávit de US$ 10 bilhões previstos na semana passada. O investimento estrangeiro no país deve chegar a US$ 65 bilhões.
A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano foi ajustada de R$ 3,86 para R$ 3,95. Para o final de 2016, a projeção segue em R$ 4,00.
A projeção para queda do PIB para este ano passou pela 11º piora seguida. E a estimativa de retração para 2016 foi reajustada pela oitava vez consecutiva. Na semana passada a estimativa de encolhimento da economia eram de 2,7%, em 2015, e 0,8, no próximo ano.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 6,65%, este ano. Na semana passada, a projeção de queda era 6,45%. As instituições financeiras não esperam mais por recuperação do setor no próximo ano. A projeção para produção industrial passou de crescimento de 0,2% na semana passada, para retração de 0,6%, na ultima pesquisa divulgada (28).
A projeção de encolhimento da economia vem acompanhada de expectativa de inflação cada vez mais alta. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,34% para 9,46%. Para o próximo ano, a estimativa continua subindo, passou de 5,40% para 5,87%, no oitavo ajuste seguido.
Neste ano, a inflação deve estourar o teto da mete (6,5%) e, para 2016, a estimativa está cada vez mais distante do centro da meta (4,5%), que deve ser perseguida pelo BC. Para tentar trazer a inflação para a meta, o BC elevou a taxa básica de juros, SELIC, por sete vezes seguidas. Depois desse ciclo de alta, na reunião do Copom, no início do mês, a selic foi estimada em 14,25% ao ano.
Para as instituições financeiras, a selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o final de 2015 e ser reduzida em 2016. Mas a projeção mediada. (desconsidera os extremos da estimativa) para o final de 2016 passou de 12,25% para 12,50% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juro da economia. Ao ajuntá-la par acima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a  poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Ao manter a Selic, o BC indica que ajustes anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e levam tempo para aparecer.
 A pesquisa do BC também traz a projeção para inflação medida pelo IGP-DI, que foi alterada de 8,25% para 8,26, este ano. Para o IGP-M, a estimativa passou se 7,86% para 7,88%, em 2015. A estimativa para o índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 9,46 %, este ano. A estimativa passou para os preços administrados passou de 15,2% para 15,5%.
Fonte: ABr – Foto: tucano.org