A economia brasileira deve ter queda de 2,8%,este ano, e
de 1%, em 2016. Essas estimativas são do boletim FOCUS, com base em projeções
de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
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A estimativa de déficit em transações correntes, compras
e vendas de mercadorias feitas pelo Brasil, passou de US$ 71 bilhões para US$
70, em 2015. A balança comercial deve apresentar superávit de US$ 10 bilhões
previstos na semana passada. O investimento estrangeiro no país deve chegar a
US$ 65 bilhões.
A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano
foi ajustada de R$ 3,86 para R$ 3,95. Para o final de 2016, a projeção segue em
R$ 4,00.
A projeção para queda do PIB para este ano passou pela
11º piora seguida. E a estimativa de retração para 2016 foi reajustada pela
oitava vez consecutiva. Na semana passada a estimativa de encolhimento da
economia eram de 2,7%, em 2015, e 0,8, no próximo ano.
Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial
deve apresentar retração de 6,65%, este ano. Na semana passada, a projeção de
queda era 6,45%. As instituições financeiras não esperam mais por recuperação do
setor no próximo ano. A projeção para produção industrial passou de crescimento
de 0,2% na semana passada, para retração de 0,6%, na ultima pesquisa divulgada
(28).
A projeção de encolhimento da economia vem acompanhada de
expectativa de inflação cada vez mais alta. A estimativa das instituições
financeiras para o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), este
ano, foi ajustada de 9,34% para 9,46%. Para o próximo ano, a estimativa
continua subindo, passou de 5,40% para 5,87%, no oitavo ajuste seguido.
Neste ano, a inflação deve estourar o teto da mete (6,5%)
e, para 2016, a estimativa está cada vez mais distante do centro da meta
(4,5%), que deve ser perseguida pelo BC. Para tentar trazer a inflação para a
meta, o BC elevou a taxa básica de juros, SELIC, por sete vezes seguidas.
Depois desse ciclo de alta, na reunião do Copom, no início do mês, a selic foi
estimada em 14,25% ao ano.
Para as instituições financeiras, a selic deve permanecer
em 14,25% ao ano até o final de 2015 e ser reduzida em 2016. Mas a projeção mediada.
(desconsidera os extremos da estimativa) para o final de 2016 passou de 12,25%
para 12,50% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as
demais taxas de juro da economia. Ao ajuntá-la par acima, o BC contém o excesso
de demanda que pressiona os preços, porque Os juros mais altos encarecem o
crédito e estimulam a poupança. Quando
reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o
consumo, mas alivia o controle sobre a inflação. Ao manter a Selic, o BC indica
que ajustes anteriores foram suficientes para produzir os efeitos esperados na
economia. O BC costuma dizer que os efeitos de elevação da Selic se acumulam e
levam tempo para aparecer.
A pesquisa do BC
também traz a projeção para inflação medida pelo IGP-DI, que foi alterada de
8,25% para 8,26, este ano. Para o IGP-M, a estimativa passou se 7,86% para
7,88%, em 2015. A estimativa para o índice de Preços ao Consumidor da Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) permanece em 9,46 %, este ano. A
estimativa passou para os preços administrados passou de 15,2% para 15,5%.
Fonte: ABr – Foto: tucano.org
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