A agência de classificação de risco
Standard & Poor rebaixou a nota de crédito do Brasil de "BBB-" para
"BB+", o que significa retirar do País o chamado “grau de
investimento”. Como isso afeta sua vida.
Parceiros:
-FLAUS ANTIGUIDADES - i 9 INFORMÁTICA - RODOTOP - CANOVA
PRO - CABELO.COM - CLINICA SANTÉ - JOLAI PRO - ANIMAL
STORE
R7- As notas dadas pelas agências de
risco servem de termômetro para os investidores estrangeiros, que consideram
esse selo para decidir se investem em um determinado País ou empresa. Certo!
Mas o que muda na sua vida?
Sem o selo de bom pagador, o grau de
investimento, o Brasil fica sujeito ao humor dos investidores estrangeiros, que
devem destinar seus recursos para outros países mais seguros. O primeiro
sintoma é o fluxo menor de dólares para País, o que deverá fazer a moeda
americana disparar ainda mais — nesta quarta-feira, fechou valendo R$ 3,799.
Com o dólar mais caro, fica mais caro
viajar para o exterior e comprar produtos estrangeiros cotados em dólar. Isso vale
tanto para as compras internacionais que você faz no seu cartão de crédito como
as máquinas e equipamentos e matérias-primas de que a indústria precisa para
sua operação.
Outra
conseqüência é um possível impacto no mercado de trabalho. Com menos
financiamento estrangeiro, os cofres das empresas também ficam mais enxutos
porque tomar dinheiro emprestado fica mais caro. Isso porque o governo
brasileiro pode responder com o aumento dos juros básicos da economia.
Em
conseqüência, os investimentos na cadeia produtiva diminuem e o desaquecimento
da economia se agrava. Com menos máquinas e equipamentos disponíveis, são
necessários menos trabalhadores para operá-los. Em outras palavras, o nível de
desemprego já em 8,3%, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio) poderá aumentar.
Um dos motivos
citados pela agência para a retirada do grau de investimento foi a previsão de
um rombo estimado R$ 30,5 bilhões ou
0,34% do PIB (Produto Interno Bruto) soma de todas as riquezas do País no ano
que vem.
Entenda
os critérios
O grau de investimento funciona como um
atestado de que os países não correm risco de dar calote na dívida pública.
Abaixo dessa categoria, está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar
de pagar a dívida pública sobe à medida que a nota diminui. Quando um país dá
calote, os títulos passam a ser considerados como de lixo. O mesmo vale para as
empresas.
Existem
três principais agências de classificação de risco. Apesar do corte do grau de
investimento pela S&P, a Moody’s e a Fitch ainda mantêm o Brasil como bom
pagador.
Para chegar à nota, as agências
avaliam indicadores macroeconômicos, como a inflação e a geração de riquezas
(PIB, Produto Interno Bruto), a situação financeira do país ou da empresa como a economia do governo para pagar juros da
dívida (superávit primário) e a conjuntura do País ou empresa diante da
economia global.
Para exemplificar, é como sua
aprovação de crédito quando vai comprar determinado produto em parcelas numa
loja. Você precisa ter o crédito aprovado antes de ter a compra a prazo
aprovada apenas a escala é maior, por se tratar de um país. Quando a financeira
ou a própria loja considera o crédito do consumidor como bom, a compra é
aprovada.
O mesmo vale para as agências de
classificação de risco. Quando consideram o país bom, ele ganha o cobiçado
“investment grade” (“grau de investimento”): isso é o sinal verde para que
investidores do mundo todo considerem o país com essa nota um ambiente seguro
para seu dinheiro, ou seja, tem pelo menos um sinal de que não levarão calote.
Mas a nota costuma passar por revisões - assim como o crédito do consumidor.
Histórico
Desde 2008, o Brasil passou à
categoria de grau de investimento. A primeira agência a incluir o País na
categoria foi a S&P, em abril de 2008, seguida pela Fitch, em maio do mesmo
ano, e pela Moody's, em setembro de 2009.
Embora as notas sirvam de parâmetro
para a credibilidade de governos e de empresas no mercado financeiro, as
agências de classificação de risco enfrentam críticas por terem errado nos
prognósticos.
Antes de 2008, as agências deram notas
altas para as operações de venda de créditos imobiliários nos Estados Unidos,
que entraram em colapso e desencadearam uma crise econômica global.
Em 2013, o Departamento de Justiça dos
Estados Unidos abriu investigação contra a Standard & Poor's por suspeita
de fraude na classificação de produtos hipotecários.
Fonte:
PORTALR7 Foto: Standard & Poor
Parceiros: -FLAUS ANTIGUIDADES - i 9 INFORMÁTICA - RODOTOP - CANOVA
PRO - CABELO.COM - CLINICA SANTÉ - JOLAI PRO - ANIMAL
STORE