Com a
desaceleração da atividade, o total de vagas abertas cai 30,8% em comparação
com o mesmo período do ano passado, apesar da melhora em março.
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Ao todo, no mês passado, foram abertas
112.450 vagas, 0,63% a mais que em março de 2012 (111.746). Em relação a
fevereiro, o incremento ficou em minguado 0,28%. Os empregos foram puxados pelo
setor de serviços (incluindo o comércio), que deve, segundo o ministro do
Trabalho, Manoel Dias, continuar liderando a criação de vagas nos próximos
meses. "O emprego do futuro será no setor de serviços", afirmou.
Agronegócio
deve sentir impacto da desaceleração do PIB em 6 a 12 meses
A
estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2014 foi revisada pela
quarta semana consecutiva, em pesquisa feita pelo Banco Central na qual são
consultados 100 analistas de bancos e instituições financeiras, o boletim
Focus. A revisão mostrou PIB em 1,16% ao fim do ano. Com piora na perspectiva
de crescimento, a alta no índice de desemprego já é um risco considerado por
alguns especialistas. O agronegócio, no entanto, deve demorar de 6 a 12 meses
para sentir impactos da desaceleração do PIB.
A diminuição
do crescimento da economia de um país tem reflexos como menor atividade no
comércio, menor confiança dos empresários, menores investimentos, e, em
conseqüência desses e de outros fatores, tende a ocorrer aumento na taxa de
desemprego. Na visão do consumidor brasileiro houve piora na expectativa do
mercado de trabalho, segundo levantamento feito em maio pela Fundação Getúlio
Vargas.
Para o
consultor financeiro da Compliance Comunicação Empresarial, Clodoir Vieira, a
economia mostra sinais de estagnação. “Sem crescimento e sem investimento
aumenta o desemprego, há geração de desemprego no futuro. A preocupação é alta
porque a economia está parada e dá uma sensação em algumas pessoas que esta
tudo bem, mas não é bem isso. Do jeito que está indo corre o risco do PIB ser
negativo, se não for negativo será muito próximo de zero”, aponta.
Os risco
de a economia brasileira apresentar crescimento negativo já são considerados
por alguns economistas, a exemplo do doutor em economia pela FEA-USP, Roberto
Troster. “Para esse trimestre pode haver PIB negativo. Os números preliminares
de vendas, de produção já estão indicando que está na direção. A Copa pode
interferir também, pois está havendo menos atividade, menos vendas, menos
produção e mais feriados”, conclui.
Os
reflexos do PIB menor devem aumentar levemente o desemprego no segundo semestre
e no primeiro semestre de 2015 porque a economia está crescendo pouco, estima o
economista Fábio Silveira, da GO Associados. “Ainda é possível trabalhar com
otimismo contido em um horizonte de 6 meses a 12 meses. O grau de preocupação
do empresário do agronegócio inserido no interior do Brasil é um grau de
preocupação bem menor do que aquele que já ronda o setor produtivo e de
serviços nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte”,
pondera.
Fonte: CAGED\ Kellen Severo – Foto: blogdoplanalto
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