O acesso à internet chegou a 40% das residências brasileiras em 2012,
aponta a pesquisa Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) Domicílios,
divulgada hoje (20), na capital paulista, pelo Centro de Estudos sobre as
Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br). Em 2011, o percentual
era de 36%. O maior crescimento entre as regiões do país ocorreu no Nordeste,
cujo acesso passou de 21% para 27% dos domicílios. O Sudeste, no entanto,
continua sendo a região com proporção mais alta de acessos, com 48%, seguida
pelo Sul (47%) e Centro-Oeste (39%). O Norte tem o menor percentual, com 21%.
O levantamento, feito em 17 mil residências do país, mostra ainda que permaneçe
a larga diferença de acesso à rede mundial de computadores entre áreas urbanas
(44%) e rurais (10%). Proporcionalmente, a maioria dos que nunca acessaram a
internet vive na zona rural, representando 77% dos desconectados. Em números
absolutos, no entanto, a maior parte está na zona urbana, um total de 56
milhões de pessoas. Por outro lado, pela primeira vez, desde que a pesquisa foi
iniciada em 2005, o número de brasileiros com 10 anos ou mais que são usuários
de internet (49%) supera os que nunca a utilizaram (45%).
O principal local de acesso continua sendo a própria residência dos
usuários, representando 74% dos entrevistados. A busca de lan houses para
utilização da internet caiu 8 pontos percentuais e ficou em 19% no último ano.
No estudo anterior, esse percentual era de 27%. Entre as classes D e E,
entretanto, elas continuam sendo o local de acesso mais citado na pesquisa.
O levantamento reforça ainda a tendência à mobilidade, com a crescente
presença de tecnologias móveis no domicílios. Nas casas onde há computador,
metade delas tem computador portátil. A proporção cresceu 9 pontos percentuais,
passando de 41% para 50%. Também é maior o número de pessoas que acessam
internet pelo celular. O percentual desses usuários passou de 18%, em 2011,
para 24%. A freqüência diária do uso da internet cresceu significativamente nos
últimos cinco anos, passando de 53%, em 2008, para 69% nesta divulgação.
Fonte: Agência Brasil