O governador Beto Richa com a
secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, preside reunião
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (CEDS), com demais
autoridades e secretários de estado. Foto: Arnaldo Alves/ANPr
O governador Beto Richa presidiu nesta segunda-feira (22/04), no Palácio
Iguaçu, reunião com os novos integrantes do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social do Paraná (CDES). Richa apresentou balanço dos dois anos de
gestão e destacou o papel do fórum para a administração estadual. “O
grupo é um instrumento de diálogo que aproxima o setor produtivo e público”,
disse o governador.
O Conselho tem 41 cadeiras, com representantes dos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, além de lideranças de federações e associações
setoriais e de classe. Criado em 1983, pelo então governador José Richa, o
fórum foi reativado, depois de 20 anos da última reunião, para reforçar a
interação entre o Estado e a sociedade, e auxiliar o governo na elaboração de
políticas públicas.
Richa fez um balanço das principais ações em saúde, segurança, educação e
infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária. “Avançamos muito nesses
dois anos. É importante que todos os representantes do Conselho tenham
conhecimento de todos os nossos programas e investimentos”, disse. O governador
citou como exemplo a contratação de mais professores e policiais, além da
correção salarial das duas categorias.
SOCIAL – Na reunião, a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda
Richa, também apresentou as ações do governo para área social. “É importante
que a sociedade civil esteja articulada e saiba o que o governo está fazendo
para atender as famílias carentes do Estado”, disse ela.
Fernanda afirmou que o grande desafio dessa gestão é a implantação do programa
Família Paranaense, que tem o objetivo de emancipar 100 mil famílias em alto
grau de vulnerabilidade social em todo o Estado. “É o maior programa de
promoção social que o Paraná já desenvolveu. As principais políticas sociais do
governo estadual estão reunidas nesta iniciativa”, disse a secretária.
Hélio Bampi, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná
(Fiep), afirmou que a reativação do Conselho é uma demonstração do compromisso
do governo estadual em dialogar com os empresários paranaenses. “Temos grandes
propostas e é muito bom saber que o governo está de portas abertas para
escutá-las. O Paraná precisa mostrar ao empresariado que aqui é o lugar mais
indicado para o retorno do investimento”, disse.
FINANÇAS - O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, apresentou a política de
incentivos fiscais do governo do Paraná para a atração de investimentos. Ele
afirmou que o programa Paraná Competivo já atraiu R$ 20 bilhões com geração de
136 mil empregos. “O Paraná tem hoje uma política pública para tornar o Estado
mais atrativo ao capital empresarial. Vivemos o maior ciclo industrial da nossa
história, resultado de um governo aberto ao diálogo e com segurança jurídica”,
afirmou.
Já Hauly disse que o Paraná enfrenta dificuldades financeiras, o que está sendo
agravado com as políticas econômicas do governo federal. “Cada vez mais a União
concentra riquezas e distribui obrigações”, afirmou. Ele disse que o Paraná é o
25.º estado da federação no recebimento de recursos do orçamento federal. “Não
existe tratamento isonômico entre os estados brasileiros, isso nos compromete”,
garantiu Hauly.
RIQUEZAS DISTRIBUÍDAS – O secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do
Mercosul, Ricardo Barros, comentou do esforço do governo em industrializar o
Estado, com o Paraná Competitivo. Segundo ele, 67% dos investimentos privados
conquistados pelo governo para os próximos anos serão realizados no interior.
“Nossa preocupação maior é com relação aos municípios com baixo Índice de
Desenvolvimento Humano. Queremos encontrar formas de induzir os investimentos
para que se concentrem em localidades mais críticas”, disse ele, citando como
exemplos as regiões de Ortigueira e Vale do Ribeira. “A orientação é gerar um
desenvolvimento mais homogêneo do Paraná”.
AVALIAÇÃO - De acordo com Paulo Rossi, presidente da União Geral dos
Trabalhadores (UGT), no Paraná, a reativação do Conselho era uma reivindicação
antiga da entidade. “O desenvolvimento social e econômico do Paraná passa por
uma ampla discussão das políticas públicas, principalmente, com os
trabalhadores”, disse ele. Rossi criticou o texto da Medida Provisória 595 (MP
dos Portos), que transfere do Governo do Paraná para a União o controle sobre
os projetos de expansão do Porto de Paranaguá.
Markenson Marques, diretor da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do
Paraná (Fetranspar), disse que o setor logístico representa 12% no Produto
Interno Bruto (PIB) do Paraná, além de muitos empregos. “Ficamos honrados em
ser representado nesse Conselho. Entendemos que esse é um canal de comunicação
importante que fomentará o desenvolvimento do Paraná”, afirmou o diretor.
Além de representantes do governo, fazem parte do CDES as seguintes entidades
paranaenses: Federação da Agricultura, Federação das Associações Comerciais e
Empresariais, Federação do Comércio, Federação das Empresas de Transporte de
Cargas, Federação das Indústrias, Organização das Cooperativas, Federação dos
Trabalhadores da Agricultura, Federação das Micro e Pequenas Empresas e
Empreendedores Individuais, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas,
Tribunal Regional do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil, Receita Federal
no Paraná, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Associação dos
Reitores das Universidades Públicas, Central Única dos Trabalhadores, Força
Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Associação dos Magistrados, Associação
dos Municípios, Associação das Câmaras de Vereadores, Pastoral da Criança,
Conselho Estadual da Mulher, Sindicado da Polícia Civil, Ministério Público,
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Conselho de Ministros Evangélicos,
Ordem dos Ministros Evangélicos.
Fonte: ANPr
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